Conheça os principais métodos de estoque
Para quem está na logística, ter um bom controle de estoque é imprescindível. Isso porque envolve parte considerável do lucro e do sucesso da empresa. Pense por esse lado: na indústria, os bens produzidos dependem de matéria-prima; mas qual ou quais métodos de estoque devem ser implantados para garantir a produção e venda desses bens?
Pensar nos métodos para os ciclos dos itens serem cumpridos permite que a organização siga na rota do crescimento. Afinal, essa é a forma na qual se determina o controle do inventário com o menor número de falhas possíveis.
A escolha de uma estratégia que funciona no ramo que uma empresa atua garante benefícios como:
- Otimização do espaço físico do estoque;
- Otimização de custos;
- Redução de desperdícios e dinheiro;
- Organização de compras;
- Eficiência na gestão de produção.
Por conta disso, é preciso garantir o melhor método de controle de estoque para a sua logística. A seguir, apresentaremos as possibilidades para ajudar você a escolher a opção ideal.
1. PEPS
O método de gestão de estoque PEPS (Primeiro que Entra, Primeiro que Sai) é um dos mais usados, independente do ramo, e tem como principal característica a saída das mercadorias de acordo com a ordem que entraram.
A sigla pode não ser muito explicativa, mas o nome é intuitivo: se um jogo de copos de vidro entrou hoje, ele será o primeiro a sair do armazém quando for demandado pelo cliente.
Essa opção é ideal para a redução de desperdícios, principalmente em segmentos que lidam com produtos perecíveis, como supermercados.
2. UEPS
Já a sigla UEPS significa “Último a Entrar, Primeiro a Sair”. Ou seja, é o contrário do método PEPS que acabamos de citar.
Nesse caso, prioriza-se a saída do que entrou por último no estoque porque são mais caros do que os que já estão no armazém. Em outras palavras, o valor total do estoque é extraído a partir do custo do último preço.
No fim das contas, o resultado é um crédito positivo de material, já que o UEPS causa uma supervalorização do preço do produto.
Contudo, muita atenção: esse método não atende empresas que trabalham com perecíveis, de forma alguma.
3. Custo Médio
O Custo Médio, ou MPM (Média Ponderada Móvel) também é aceito pela Receita para cálculo dos tributos, sabia?
Empresas optantes por esse modelo, devem somar o valor dos produtos em estoque e os novos produtos. Por fim, devem dividir esse valor pelo total de mercadorias. O resultado é o custo médio por produto, sendo esse o valor usado para calcular as tributações da empresa no Imposto de Renda.
4. Just in Time
Também conhecido como JIT, o Just in Time é um método no qual todas as ações dentro de uma empresa são realizadas “na hora certa” — isto é, atividades como compra, transporte e produção acontecem de acordo com a demanda.
Assim, a empresa atua com estoque zerado, garantindo economia nos custos de armazenamento. Alguns de seus principais benefícios são:
- qualidade da operação: seja na fabricação, transporte ou qualquer outra etapa do processo logístico;
- acabar com o desperdício: evita a superprodução que gera uma quantidade de produtos além do necessário para atender à demanda;
- não deixar produtos parados: mercadorias paradas não dão lucro, pelo contrário, geram custos de armazenamento.
5. Curva ABC
Outro método que não pode faltar na lista é a Curva ABC. Aqui, são considerados fatores de giro, faturamento e lucratividade para elencar os produtos em três categorias:
- Tipo A: 20% dos produtos e 80% do valor do estoque;
- Tipo B: 30% dos produtos e 15% do valor do estoque;
- Tipo C: 50% dos produtos e 5% do valor do estoque.
Entenda os benefícios que a curva ABC pode trazer para o seu negócio:
- Melhor planejamento de compras
- Otimização do ciclo de logística
- Estoque de acordo com a demanda de cada produto
- Otimização de custos
- Tomada de decisões da gestão com maior assertividade
6. Preço Específico
Para quem atua na indústria automobilística e de outros maquinários, o preço específico pode ser uma boa opção.
Nesse cálculo, o preço específico da mercadoria orienta o processo de baixa dos produtos no estoque após a venda, Sendo assim, considere que o valor total do estoque é a soma dos custos específicos dos itens.
7. Giro de estoque
Já o controle a partir do giro de estoque serve para identificar o desempenho da distribuição em determinado período, mostrando como é o fluxo das mercadorias na prática.
A fim de implantá-lo, é preciso avaliar a capacidade do armazém, assim como a saída dos materiais. Por exemplo, se a empresa armazena 5 mil TVs e vende 100 mil unidades em 1 ano, o cálculo é: 20 giros anuais a cada 18 dias, em média.
8. Ciclo PDCA
O último método, mas não menos importante, é o Ciclo PDCA para controle de estoque. As siglas significam Plan (planejar), Do (fazer), Check (verificar), Act (agir). Aqui, focamos na parte operacional para encontrar erros, acertos e solucionar possíveis problemas.
Veja só como funciona:
- Identificação do processo que causa problema e precisa ser otimizado;
- Mapeamento das causas do problema;
- Desenvolvimento de planos de ação para solucionar o problema;
- Colocar os planos de ação em prática;
- Verificar se o problema foi resolvido.
Inclusive, temos um conteúdo sobre o assunto no nosso blog. Não deixe de ler e ficar por dentro do Ciclo PDCA.
Então, qual método escolher?
Bom, depois de conhecer todas as opções de controle de estoque, a grande dúvida é saber qual é o mais adequado para o seu negócio, não é? Primeiro, deve-se levar em consideração o segmento e o tamanho do seu negócio.
Em seguida, trace um objetivo: otimizar o tempo dos materiais no armazém? Otimiza espaço? Ter uma rotatividade maior dos produtos? Enfim, há uma gama de objetivos.
Ou seja, tenha em mente que a identificação de qual ou quais métodos de controle de estoque são mais adequados para o seu negócio dependerá do mapeamento das necessidades e especificidades do seu segmento.
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